A educação brasileira é caracterizada pelas desigualdades em suas instituições de ensino, tanto no provimento de infraestrutura quanto na oferta equipamentos necessários para a execução de um ensino de qualidade. A utilização de indicadores educacionais é relevante para identificar estas disparidades em diversas escalas espaciais, à exemplo das instituições de ensino, municípios e estados. Estes indicadores podem ser comparados com aspectos urbanísticos, contribuindo para traçar um panorama das condições do entorno dos espaços escolares. Tais variáveis podem ser segmentadas para determinados públicos, à exemplo das pessoas com deficiência, uma vez que as barreiras para o ensino de PCD intercruza as precariedades internas das instituições de ensino com o entorno dos espaços escolares. Mediante essas assertivas, o presente trabalho visa aplicar indicadores socioeducacionais como alternativa metodológica para análise das condições de acesso de alunos PCD à uma educação inclusiva e de qualidade. Para tanto, foram recorridos os microdados do censo escolar do INEP (2019), os quais foram vinculados às características urbanísticas do censo demográfico do IBGE (2010). Estes dados passaram por tratamento estatístico e foram vinculados à base cartográficas das escolas e regionais administrativas urbanas, para análise espacial e mapeamento. Conclui-se com essa pesquisa que a cidade de Rio Branco possui grandes desafios a serem superados para a efetivação de uma educação inclusiva universalizada tanto pela ausência de recursos inclusivos nas escolas quanto pela precária acessibilidade no entorno escolar.