A construção de práticas educacionais inclusivas se configura como um dos principais desafios inerentes ao cenário educacional brasileiro, pois, pressupõe o desenvolvimento de práticas de ensino e aprendizagem para todos, a partir do respeito às especificidades e as diferenças de cada estudante. Nesse sentido, desde o ano de 2010, o Grupo de Pesquisa “Ambientes Potencializadores para a Inclusão” (API), que atua no âmbito do Centro de Promoção para a Inclusão, Digital, Escolar e Social (CPIDES), busca promover a inclusão digital, escolar e social de Estudantes Público-Alvo da Educação Especial (EPAEE) e/ou que apresentem transtornos ou dificuldades de aprendizagem. Assim, os atendimentos que são desenvolvidos no CPIDES, buscam analisar os efeitos do trabalho com projetos, a partir dos princípios defendidos pela abordagem CCS Schlünzen (2015), aliado a uma metodologia qualitativa de pesquisa. O presente artigo tem como objetivo discutir as contribuições dos atendimentos pedagógicos realizados no CPIDES para a construção de ambientes de aprendizagem inclusivos, que respeitem as dificuldades e valorizem as especificidades dos estudantes, bem como suas habilidades e potencialidades, favorecendo sua aprendizagem e inclusão. Nesse sentido, evidenciou-se que as ações educativas desenvolvidas no CPIDES, a partir da abordagem CCS e do trabalho com projetos tem contribuído para a construção de um ambiente favorável à aprendizagem e a inclusão digital, escolar e social dos estudantes, por meio do qual, tenham a oportunidade de aprender, no seu ritmo, de forma prazerosa e significativa, na perspectiva da educação inclusiva.