Este trabalho discorre criticamente sobre a área urbana do município de Belo Horizonte – MG, repetidamente assolada por enchentes, buscando-se fazer a delimitação das áreas atingidas, além de uma análise da ocupação territorial da cidade no espaço-tempo, bem como das recorrências sobre a população diante destes acontecimentos periódicos. Numa prática interdisciplinar – Geografia e Biologia, na Educação Básica - realizada no Ensino Médio Integrado no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET/MG, Campus 1. Tendo como base o mapeamento das áreas mais suscetíveis às inundações, o grau de perigo/vulnerabilidade, o número de ocorrências nas últimas décadas, associando-as com outros fatores como índice pluviométrico (intensidade, periodização), características e declividade do sítio urbano, localização e conservação das bacias hidrográficas, expansão e formas de ocupação urbana, fragilidade sócioeconômica da população, localização das moradias dos alunos, gestão de riscos urbanos, entre outros. A designação das áreas de risco surgiu à partir dos fatores relatados, relacionando-os com o cotidiano e a vida dos alunos. As discussões foram aprofundadas, fazendo-se as ligações entre a história socioambiental do município, os eventos e seus impactos até as possíveis políticas de prevenção diante dessas calamidades recorrentes.