As metodologias ativas de ensino e aprendizagem são propostas didático-pedagógicas que objetivam conduzir o aluno ao centro do processo educativo, incentivando sua participação ativa na construção do conhecimento. Em contrapartida ao ensino tradicional, que é centrado no professor e na transmissão de conhecimentos, as metodologias ativas valorizam o papel do aluno como protagonista. No contexto das escolas públicas, a utilização dessas metodologias pode ser desafiadora, devido à falta de infraestrutura, materiais e recursos humanos adequados. Assim, o presente estudo teve como objetivo refletir sobre as metodologias ativas que podem ser aplicadas em contextos diversos. A metodologia adotada foi qualitativa, utilizando revisão da literatura dos últimos cinco anos nas plataformas Scielo, Periódicos Capes e Google Scholar, utilizando os descritores: Metodologias Ativas, Ensino Público e Aprendizagem Ativa. Foram encontrados nove estudos que apresentaram caminhos viáveis para a alfabetização, alinhadas aos objetivos de educadores que enfrentam limitações de recursos. As metodologias ativas destacadas foram: Aprendizagem baseada em Projetos, Sala de Aula invertida, Aprendizagem Cooperativa e a Metodologia de Problematização. Essas abordagens mostraram-se caminhos possíveis para processos de alfabetização pautados na perspectiva discursiva, no contexto das escolas públicas. Ressalta-se que as metodologias ativas são possibilidades e podem ser utilizadas de forma contextualizada com os cotidianos, considerando as características dos estudantes, o ambiente escolar e a o objetivo pedagógico a ser alcançado, visando uma aprendizagem significativa e a valorização das experiências dos alunos na alfabetização. Conclui-se que as metodologias ativas de ensino e de aprendizagem representam abordagens pedagógicas que legitimam o papel do aluno no centro dos processos educativos, reconfigurando o papel do professor como mediador da aprendizagem. Embora sua aplicação em escolas públicas apresente desafios, é possível adotar metodologias viáveis, sendo fundamental que os educadores estejam abertos à inovação e busquem estratégias que se adequem à realidade da escola e dos alunos.