COM O ADVENTO DA PANDEMIA DE COVID-19, NO INÍCIO DO MÊS DE MARÇO DE 2020, TODAS AS ATIVIDADES REALIZADAS NO ÂMBITO UNIVERSITÁRIO – ADMINISTRATIVAS E DIDÁTICAS – FORAM PARALISADAS, COM PROIBIÇÃO IMEDIATA DE CIRCULAÇÃO NOS ESPAÇOS FÍSICOS DA UNIVERSIDADE. EM MAIO, O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC), POR MEIO CONSECUTIVAS DE PORTARIAS, AUTORIZOU QUE AS ATIVIDADES DE ENSINO OFERTADAS PRESENCIALMENTE FOSSEM REALIZADAS VALENDO-SE DO USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS. DIANTE DESSA NOVA REALIDADE DE DISTANCIAMENTO SOCIAL, OS DOCENTES VIRAM-SE IMPELIDOS A NOVAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, MIGRANDO DA PRESENCIALIDADE PARA A VIRTUALIDADE. NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR), INSTITUIU-SE O AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM – UFPR VIRTUAL – COMO UM DOS ESPAÇOS INSTITUCIONAIS PARA A CRIAÇÃO DE SALAS DE AULAS VIRTUAIS BEM COMO A PLATAFORMA MICROSOFT TEAMS PARA REALIZAÇÃO DE ENCONTROS SÍNCRONOS. ESTES CONVERTERAM-SE NOS NOVOS AMBIENTES DE APRENDIZAGEM DA COMUNIDADE ACADÊMICA DA UFPR E, PARA QUE HOUVESSE UM APORTE AOS DOCENTES, VIU-SE A IMPORTÂNCIA DE OFERECER CAPACITAÇÃO ESPECÍFICA PARA O MOMENTO. FOI, PORTANTO, DIANTE DESSE NOVO CENÁRIO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR QUE A FORMAÇÃO CONTINUADA, COMPREENDIDA NAS LINHAS DE REFLEXÕES PROPOSTAS POR PAULO FREIRE (2018), OU SEJA, DE QUE É PENSANDO CRITICAMENTE NA PRÁTICA DE HOJE E ONTEM QUE SE MELHORA AS PRÓXIMAS PRÁTICAS, QUE PELA COORDENADORIA DE INTEGRAÇÃO DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (CIPEAD), DA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL (PROGRAD), EM PARCERIA COM A COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS (CDP), DA PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS (PROGEPE) OFERECEU-SE, EM MAIO E AGOSTO DE 2020, O CURSO “PRÁTICAS-DOCENTE COM RECURSOS TECNOLÓGICOS” NA MODALIDADE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD), TOTALIZANDO 14 TURMAS. CONSIDERANDO A INCIPIÊNCIA DAS DISCUSSÕES EM RELAÇÃO AO QUE SE EXPERIMENTAVA NO CAMPO EDUCACIONAL E A EXCEPCIONALIDADE DA SITUAÇÃO, FOI IMPORTANTE NO PROCESSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE TRAZER PARA O CENTRO DAS REFLEXÕES O NOME DADO AO MODELO DE ENSINO AUTORIZADO PELO MEC. PORTANTO, A PRIMEIRA DISCUSSÃO PROPOSTA NO CURSO BUSCOU CONCEITUAR O ENSINO REMOTO EMERGENCIAL (ERE) E PONTUAR SUA DISTINÇÃO EM RELAÇÃO À MODALIDADE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD). ESSA DISTINÇÃO FOI NECESSÁRIA A FIM DE DISSIPAR AS FALAS CONFUSAS QUE INSINUAVAM A CONVERSÃO DOS CONCURSOS PRESENCIAIS PARA A EAD DE FORMA COMPULSÓRIA. OUTRO TEMA CONSIDERADO BÁSICO E FUNDAMENTAL PARA A FORMAÇÃO EM TEMPO PANDÊMICO FOI O USO DA LINGUAGEM NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA), DEIXANDO DE COMPREENDÊ-LA APENAS COMO UM CÓDIGO, MAS COMO UMA ESCOLHA PESSOAL NOS EIXOS DO SINTAGMA E DO PARADIGMA (SAUSSURE) QUE, NA PRODUÇÃO DO DISCURSO, TAMBÉM REVELA SOBRE NÓS NA RELAÇÃO COM O OUTRO E GERA RESPONSIVIDADE (BAKHTIN). COMPREENDER O CARÁTER DIALÓGICO DA LÍNGUA, NESSE CONTEXTO FORMATIVO, CONDUZIU A UM PENSAR SOBRE O CUIDADO COM A ESCRITA DE MENSAGENS EM AVA PARA O ESTABELECIMENTO DAS RELAÇÕES E INTERAÇÕES ENTRE OS SUJEITOS. POR ÚLTIMO, AO ABORDAR SOBRE A AVALIAÇÃO, FOCOU-SE NA IMPRESCINDIBILIDADE DE O INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO SER BEM ELABORADO A FIM DE DAR EVIDÊNCIA MAIS EFETIVAS A RESPEITO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM. COM ISSO, DOIS TEMAS FORAM RESSALTADOS: A IMPORTÂNCIA DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO, COMO A RUBRICA, E A ELABORAÇÃO DE DIFERENTES TIPOS DE QUESTÕES. AS REFLEXÕES PROPOSTAS NO CURSO “PRÁTICAS-DOCENTE COM RECURSOS TECNOLÓGICOS” SERVIRAM DE BASE PARA OS DOIS PERÍODOS ESPECIAIS (PE) INSTITUÍDOS NA UFPR E, POSTERIORMENTE, PARA A RETOMADA DO CALENDÁRIO ACADÊMICO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2021. COM OS AVANÇOS NO ENFRENTAMENTO À PANDEMIA, NOVOS CAMINHOS FORAM SENDO DELINEADOS NA UNIVERSIDADE E O ENSINO HÍBRIDO PASSOU A SER ENTENDIDO COMO UMA ESTRATÉGIA PARA POSSIBILITAR A OFERTA DE DISCIPLINAS ESPECIFICAMENTE PRÁTICAS – LABORATÓRIO, CAMPO E ESTÁGIO (RESOLUÇÃO CEPE Nº22/2021). POR ESSA COMPREENSÃO, A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS SERVIDORES DOCENTES BEM COMO DOS SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS EM CARGOS DE PEDAGOGO E DE TÉCNICO EM ASSUNTOS ESTUDANTIS (TAE) FOI VIABILIZADA PELO CURSO “DO ENSINO REMOTO AO ENSINO HÍBRIDO: PERCURSOS DE APRENDIZAGEM”, NA MODALIDADE EAD, FECHANDO A PRIMEIRA OFERTA COM 5 TURMAS. CONSIDERANDO TODA A EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA PELOS DOCENTES EM UM ANO DE ERE, NESTA FORMAÇÃO, FOCOU-SE NA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DIDÁTICO, NO ESTABELECIMENTO DOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM EM CADA DISCIPLINA PARA, A PARTIR DELES, PENSAR NOS MODELOS DE ENSINO REMOTO OU HÍBRIDO BEM COMO AS ESTRATÉGIAS PARA O USO DOS RECURSOS DIGITAIS. PELA CONSTANTE MESCLA E CONFUSÃO DE CONCEITOS, SEDIMENTAR AS DIFERENÇAS ENTRE A EAD, ENSINO REMOTO E ENSINO HÍBRIDO FOI BASILAR PARA, NA SEQUÊNCIA, COM A COMPREENSÃO DAS ETAPAS QUE ENVOLVEM O PLANEJAMENTO DIDÁTICO, CONFORME FORMULAÇÃO DE MENEGOLLA E SANT’ANNA (2020), ANALISAR O PRÓPRIO PLANO DE AULA VIGENTE E A REESCREVÊ-LO À LUZ DAS REFLEXÕES PROPOSTAS NO CURSO. ENTENDENDO, ASSIM, QUE SÃO OS FINS PEDAGÓGICOS QUE DEFINEM A ESCOLHA DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS, O PLANEJAMENTO DIDÁTICO DA AULA PASSOU A GUIAR-SE PELOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM A SEREM ALCANÇADOS E VIABILIZADOS PELA METODOLOGIA ESCOLHIDA E OS RECURSOS UTILIZADOS. COM A OFERTA DOS CURSOS, CONSTATOU-SE UM MOVIMENTO DE REPENSAR AS PRÁTICAS PARA O ENSINO SUPERIOR QUE, POR MEIO DAS PROPOSIÇÕES TEÓRICAS SOBRE O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM MEDIADOS PELAS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TDIC) E METODOLOGIAS DO ENSINO SUPERIOR, ESGARÇOU OS MODELOS DE AULAS ENGESSADOS E PAUTADOS, PRINCIPALMENTE, NA FIGURA CENTRAL DO DOCENTE COMO DETENTOR DO CONHECIMENTO A SER TRANSMITIDO AO ESTUDANTE, PERCEBIDO APENAS COMO UM RECEPTOR. CONCLUIU-SE QUE OS PAPÉIS DOS DOCENTES E DOS DISCENTES NESSES ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM VIRTUAIS TORNARAM-SE ATIVOS, AMBOS PRECISARAM ADQUIRIR E DESENVOLVER CAPACIDADES DIGITAIS, TANTO TÉCNICAS QUANTO COMPORTAMENTAIS, PARA QUE AS ATIVIDADES DE ENSINO E ACADÊMICAS FOSSEM RETOMADAS. SEM DÚVIDA, TODA A VIVÊNCIA DOCENTE E APRENDIZADO COM O USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS EM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM EM TEMPO DE ENFRENTAMENTO À PANDEMIA COVID-19 PERMANECERÃO NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS MESMO COM O RETORNO À NORMALIDADE E À PRESENCIALIDADE, POIS, TORNOU-SE EVIDENTE SER UM DOS QUESITOS NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O SÉCULO XXI O DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES DIGITAIS.