Programas de educação emocional são essenciais para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes na educação básica. As escolas exercem um papel ativo no desenvolvimento emocional de crianças e jovens, influenciado pelo meio. A educação emocional (EE) já é praticada em alguns países, como Estados Unidos, Cingapura e Reino Unido, sendo nomeada como A Ciência do Eu ou Alfabetização Emocional. No Brasil, escolas a integram por meio de programas de resolução criativa de conflitos e competência social. Nesse contexto, o presente estudo objetivou analisar as percepções sobre a inclusão da educação emocional no currículo escolar entre professores em formação do curso de pedagogia. A metodologia adotou uma abordagem qualitativa com entrevistas semiestruturadas, realizadas com 30 professoras em formação em uma instituição de Ensino Superior no Brasil. As entrevistas abordaram a compreensão sobre educação emocional, experiências pessoais e profissionais, importância no currículo e desafios de implementação. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas por meio de Análise de Conteúdo (Bardin, 2011). Os resultados revelaram percepções positivas sobre a inclusão da educação emocional no currículo escolar. As participantes reconheceram a importância de desenvolver competências socioemocionais nos alunos, destacando benefícios como: redução de absenteísmo, bullying e promoção de um ambiente escolar mais saudável. As professoras ressaltaram a necessidade de maior preparo e formação específica, além de estratégias e materiais apropriados para cada faixa etária. A formação emocional contínua dos docentes foi considerada fundamental. Os desafios identificados incluíram falta de recursos, resistência da comunidade escolar e necessidade de maior apoio institucional e políticas de formação que valorem o afetivo tanto quando o cognitivo na escola. Esses resultados reforçam a importância de investir na formação emocional dos professores e na inclusão da educação emocional no currículo escolar, visando ao desenvolvimento integral dos alunos e à criação de um ambiente educacional mais positivo e acolhedor