A cultura de violência no Brasil configura-se como um desafio significativo para o campo da educação brasileira, uma vez que o cenário escolar é palco de manifestações de agressões físicas, verbais e psicológicas. Nesse contexto, a Comunicação Não Violenta (CNV) emerge como um método empático e compassivo, que aborda os conflitos considerando a observação, identificação e expressão de sentimentos, expressão das necessidades e realização de pedidos. Desse modo, a CNV no contexto escolar contribui para a criação de uma atmosfera positiva e acolhedora, onde professores, alunos e funcionários se sentem ouvidos, compreendidos e valorizados. Este trabalho teve o objetivo de disseminar os princípios da CNV na comunidade escolar para os estudantes de uma rede pública de ensino, através da educação das emoções. Para isso, foi realizado um estudo exploratório, sendo os dados obtidos pelas bases de dados do Google Acadêmico, Scielo e Pepsic, além do livro base “Comunicação não violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”. A execução da cartilha foi realizada pelo editor gráfico Canva. A partir dessa base teórica, foi realizada a produção da cartilha informativa, constituindo-se de: uma breve introdução sobre o conceito da CNV, além da biografia de Marshall Rosenberg, criador do método, os passos que compõem a CNV, com suas respectivas definições (observação, sentimentos, necessidades e pedidos) e as possibilidades de aplicação da CNV no contexto escolar, como, por exemplo, na resolução de conflitos, na criação de um ambiente de aprendizado positivo, no desenvolvimento da empatia e na prevenção do bullying. Sendo assim, este trabalho possibilita reflexões sobre diálogos respeitosos no contexto escolar, tendo em vista que fornece um conjunto de estratégias de comunicação, dinâmicas e debates, por meio de uma linguagem científica e acessível, que incentivam a resolução de conflitos de forma não violenta e colaborativa.