Os contos de fadas encantam e emocionam, divertem e ensinam. A dualidade entre os opostos inconciliáveis é uma constante: o bem e o mal, a luz e as trevas. A leitura de contos de fadas constitui-se como uma atividade educativa, a qual sempre traz consigo um ensino, uma transmissão de saberes que podem ser do campo cognitivo, afetivo ou de ambos. Podem contribuir para o fortalecimento da imaginação, da criatividade, da formação do sujeito e, potencialmente, podem favorecer o ensino de competências socioemocionais, que são o conjunto de habilidades que desenvolvemos para lidar com nossas emoções e com os desafios diários. Nossa pesquisa objetiva analisar os contributos do conto O Patinho Feio para o ensino da competência socioemocional empatia. Buscamos responder a seguinte indagação: quais as contribuições do conto O Patinho Feio no ensino da competência socioemocional empatia? Definimos como aporte metodológico a pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica e de campo. Utilizamos como instrumento de coleta de dados o questionário e tivemos como respondentes estudantes do 5° ano de uma escola pública da cidade de Quixadá–CE. Os principais autores que nos subsidiaram foram: Amarilha (1997), Llenas (2015), Goleman (2012), Fonte (2019), e Cosson (2020; 2021). Os achados indicam que empatia é uma aptidão pessoal, uma habilidade que nos permite compreender, ainda que não estejamos de acordo, o ponto de vista de outras pessoas demonstrando que as estamos entendendo. Vimos que para criar cidadãos sem preconceitos, é preciso começar a educá-los desde crianças, ensinando-lhes sobre o respeito ao diferente por meio de máximas morais, contos e narrativas que instiguem avaliações e conclusões de que todas as pessoas merecem respeito e tratamento digno. Temos que ensinar as nossas crianças e jovens que a diversidade é extremamente benéfica e essa responsabilidade é nossa enquanto sociedade, enquanto educadores e enquanto família.