O presente estudo objetivou caracterizar a associação entre o atendimento dos/as profissionais da equipe multidisciplinar do Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI) da Universidade Federal do Acre (Ufac) e a percepção das barreiras e das possibilidades para a (real) inclusão universitária nesta instituição. Assim, como perspectiva metodológica, optou-se por uma pesquisa qualitativa que teve a entrevista semiestruturada como sua principal estratégia de produção de dados. As sujeitas da pesquisa (participantes do estudo) foram cinco profissionais do quadro-técnico administrativo da classe E (nível superior) que integravam o NAI/Ufac em 2021, sendo essas: psicóloga, fonoaudióloga, assistente social, fisioterapeuta e técnica em assuntos educacionais. Para a análise dos dados advindos das entrevistas, gravadas e posteriormente transcritas, contou-se com o suporte da técnica de Análise de Conteúdo (BARDIN, 2006). Como principais resultados, observou-se que, ao associarem o atendimento profissional da equipe multidisciplinar, às barreiras e às possibilidades para a (real) inclusão na Ufac, as servidoras perceberam aspectos diversos que envolvem o trabalho docente universitário. Essa questão foi ressaltada por todas elas e referiu-se especialmente à postura dos/as docentes universitários/as, frequentemente omissos/as com a inclusão do público em questão. Sugere-se que essa identificação é um dos principais entraves ao aprimoramento do trabalho do NAI/Ufac, o que impacta também na credibilidade (ou não) do Núcleo como referência nas ações inclusivas. Em contrapartida, a postura positiva dos/as docentes também foi uma das estratégias avaliadas, pelas entrevistadas, como mais potenciais à inclusão deste público. Logo, conclui-se que a pesquisa permitiu vislumbrar um longo caminho para que a inclusão universitária se estabeleça, de fato, entre docentes e o restante da comunidade universitária. Simultaneamente, foi possível reconhecer a necessidade de formação docente, orientada pelo NAI/Ufac, aos/às professores/as da instituição, reconhecendo essa proposta como uma das estratégias inclusivas mais importantes exercida pelos Núcleos de Acessibilidade.