A educação especial numa perspectiva inclusiva, enquanto desafio contemporâneo, tem se apresentado como uma tarefa por fazer, tanto do ponto de vista político como do ponto de vista pedagógico. A implementação da escola inclusiva, ao possibilitar o aumento do número de matrículas de crianças com necessidades educacionais específicas nas escolas regulares, desencadeou uma série de discussões referentes às mudanças necessárias para uma efetiva educação para todos, inclusive no que diz respeito à formação de professores para o atendimento desta demanda. Com o intuito de refletir esta temática, o objetivo deste trabalho é realizar um estudo acerca da formação de professores para a inclusão, traçando aproximações entre a realidade brasileira e a realidade europeia. Em termos metodológicos optou-se por uma pesquisa de natureza qualitativa e exploratória, destacando elementos constitutivos dos desafios e possibilidades referentes à formação do professor inclusivo. Para tanto, foi realizado um estudo teórico com base em autores como Mantoan; Prieto; Arantes (2006), Mittler (2003), Mazzota (1999), Poker; Martins; Giroto (2016), Rabelo; Jimenez; Segundo (2015) e, um balanço documental com base em publicações disponibilizadas pela Agência Europeia para Necessidades Especiais e a Educação Inclusiva. Os resultados apontaram para inúmeros desafios, como formação inadequada, falta de competências específicas, barreiras estruturais e pressão do sistema educacional, são comuns. Valorizar a diversidade, promover o trabalho em equipe e investir no desenvolvimento profissional contínuo contribuem para o êxito da educação inclusiva. Desse modo, a universalidade dos princípios para uma formação inclusiva e esforços contínuos são essenciais para moldar um futuro educacional igualitário e adaptado às demandas contemporâneas.