A alfabetização pode se apresentar como sendo algo desafiador para pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA), considerando as dificuldades que podem ser associadas ao desenvolvimento da linguagem e às habilidades de comunicação social. A alfabetização de uma criança típica e de uma criança com TEA difere em relação às metodologias utilizadas, ao tempo que esse processo levará à compreensão de suas características específicas. A flexibilização curricular, ao ser aplicada na educação de alunos com TEA, vai além de atender às necessidades específicas desse grupo e se torna um modelo transformador para todo o sistema educacional. Reconhecer a singularidade de cada aluno e adotar abordagens personalizadas desafia as concepções tradicionais de ensino, promovendo uma visão mais inclusiva e holística. Portanto, é essencial continuar pesquisando e discutindo estratégias de flexibilização curricular, levando em consideração os avanços na compreensão do TEA e as melhores práticas pedagógicas, pois promover uma cultura inclusiva na sociedade é um desafio contínuo que requer o envolvimento de todos os setores da comunidade. Este estudo vincula-se à linha de pesquisa Currículo da Educação Básica, do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Currículo da Escola Básica, da Universidade Federal do Pará (UFPA), inserida na temática Currículo e Inclusão Escolar. Tem como objeto de estudo “As práticas curriculares na alfabetização do aluno com Transtorno de Espectro Autista (TEA) em uma escola pública de Belém/PA”. O objetivo geral é compreender a organização das práticas curriculares na alfabetização do aluno com TEA. No método, adotamos uma abordagem qualitativa; sendo uma revisão de literatura, em que são abordados autores que têm se dedicado ao estudo da inclusão escolar do aluno autista, sem deixar de considerar os aportes legais que foram instituídos nos últimos anos.