A educação brasileira vem ampliando seus horizontes inclusivos no decorrer dos anos, por influência da luta de movimentos político-sociais, legislações e ampliação de pesquisas na área educacional. Todavia, apesar da educação ser um direito e o pleno desenvolvimento dos estudantes estarem garantidos na Constituição Federal da República de 1988 e na Lei nº 9. 394 de 20 de dezembro de 1996, ainda nos deparamos com a exclusão de um contingente de pessoas dos sistemas de ensino, seja por motivos sociais, por segregação e até mesmo por não se sentirem pertencentes e acolhidos na sala de aula. Considerando este problema, entendemos como de fundamental importância compreender a multidimensionalidade dos estudantes no ensino superior, como aspecto inclusivo. Portanto, o objetivo neste artigo é identificar a multidimensionalidade na educação superior como uma possibilidade de superação do ensino positivista e ampliação de uma educação inclusiva. A pesquisa é de cunho qualitativa. Utilizou-se como procedimento metodológico a revisão bibliográfica, para que fosse possível o mapeamento do que vem sendo pesquisado sobre a temática, entre os anos de 2016 a 2023. Utilizamos como base de dados o Periódico da Capes e o Periódico da Scielo. Os resultados encontrados na revisão da literatura, evidenciou que a inclusão da multidimensionalidade na educação superior, possibilita a permanência dos estudantes e transformação na formação docente, apesar de ainda ser uma temática escassa. Para sustentar a discussão da multidimensionalidade como uma atitude de superação de uma educação positivista e ampliação de uma educação inclusiva, buscamos suporte teórico em Freire (1987), Alves (2016), Morin (1921) e Moraes (2015). Portanto, é possível afirmar que a multidimensionalidade pode ser uma possibilidade de superação da visão positivista na educação, assim como pode ser uma possibilidade de permanência inclusão dos estudantes no ensino superior, sobretudo daqueles grupos mais discriminados diariamente.