O Congresso Brasileiro sobre Letramentos e Dificuldades de Aprendizagem – CONBRALE é um evento que propõe discussões em torno do tema geral “Repensando processos de ensino e de aprendizagem para melhor atender às demandas educacionais”. Para esta edição do evento continuam sendo contemplados os mesmos processos, colocando em foco os sujeitos formadores e os formando, além de toda uma gama de mediação inerente ao processo.
Como atender as demandas de ensino das gerações de hoje e futuras, à medida que o futuro se desenha constantemente em nosso presente? O que se aprende e o modo como se aprende na escola, interessa a quem, atende a que sujeitos ou demandas? Quem se beneficia com os modos de os currículos se materializarem em práticas de ensino e aprendizagem? Que questões éticas, profissionais estão presentes nas práticas pedagógicas ou dispedagógicas em contextos de sala de aula? Essas são questões para as quais foram buscadas respostas ao longo do III CONBRALE.
O Congresso reuniu professores pesquisadores, professores da educação básica, professores em formação, profissionais liberais e demais interessados na temática do evento, vindos de todo o país, foi uma ocasião para quem deseja apresentar suas produções científicas relacionadas ao evento e pretende fomentar discussões em torno de procedimentos de ensino e de aprendizagem, visando garantir uma melhor visão docente sobre o ensinar hoje de modo a garantir uma aprendizagem mais competente e condizente com as linguagens que circulam no mundo atual.
O evento organizou-se em torno de palestras e sessões de comunicação que contemplam temas chave para entender o ensino e a aprendizagem hoje e para o amanhã: letramentos, dificuldades de aprendizagem, dispedagogia, currículo, políticas públicas, inclusão, cognição, desenvolvimento, ensino de leitura, literatura, línguas; diversos modos e linguagens através dos quais é preciso estruturar as práticas de ensino.
Contexto
As várias crises pelas quais a sociedade tem passado nas últimas décadas atinge diretamente a educação, sobretudo, em suas bases de ensino e aprendizagem, formação docente e currículo. Também as crises dos sujeitos e dos campos de conhecimento são impactadas por questões de inclusão social, digital; escola sem partido questões ou “ideologias” de gênero na escola, ensino religioso, etc.
As crises servem como parâmetro de que as “ressacas” culturais, sociais, educacionais e subjetivas precisam de uma reorganização em sua estrutura macro. No caso da educação formal e do conhecimento escolarizado, há muito o que precisa ser dito, principalmente no momento histórico em que vivemos, quando a velocidade do pensamento, as mudanças estruturais em quase todos os âmbitos de domínio do humano acontecem em curto espaço de tempo, exigindo novos procedimentos em que os atores da grande cena escolar dramatizam, no mais das vezes, seus dramas por não darem conta das competências exigidas para os sujeitos de agora e do amanhã.