O cenário educacional brasileiro encara desde março de 2020 um enorme desafio diante da pandemia Coronavírus 2019. Passamos por configurações sociais, políticas e econômicas que refletiram diretamente na educação. O principal objetivo deste trabalho é analisar o papel do Gestor Escolar frente ao novo contexto educacional. Buscamos compreender como o Ensino Remoto Emergencial (ERE) aliado às novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) proporcionaram a socialização e a aprendizagem na Educação Infantil durante este período pandêmico. É uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativa, na qual consideramos a vivência de uma Diretora Escolar da rede pública municipal do Ceará. Intercalamos com o aprofundamento teórico de autores como: MACEDO (2022); LUCK (2014); RIOS (2011); PERES (2020) e outros. Reconhecendo a importância da primeira etapa da Educação Básica para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança, direcionamos os nossos estudos em torno de alguns questionamentos: Como a escola pôde garantir o pleno desenvolvimento das crianças durante a pandemia? Foi possível assegurar os direitos de aprendizagens da Educação Infantil preconizados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)? As atividades permitiram aprendizagens significativas e eficazes? Qual o papel do gestor escolar neste contexto? Como as TICs influenciaram esse processo? Consideramos que as tecnologias foram fundamentais para oferta do ERE. A análise crítico-reflexiva desse momento aponta para a necessidade de aprofundamento das contribuições, avanços e limites do ERE. De modo preliminar e enunciativo, contudo, é possível concluir que a atuação do Gestor Escolar, a ação docente, o acompanhamento familiar e a disponibilização de recursos logísticos e tecnológicos constituíram as condições básicas para a efetivação das metodologias e garantia de acesso ao aprendizado.