Este artigo tem por finalidade apresentar um recorte com alguns dados do projeto de pesquisa intitulado “Educação de adultos e ensino superior: trajetórias de aprendizagens e sucesso escolar”. A pesquisa tem como foco o alunado da UFPB CAMPUS I que ingressa na universidade depois dos 30 anos, ou seja, acima da idade “regular” do padrão estabelecido pelas Políticas Educacionais do Ensino Superior. Tendo por objetivo investigar as dificuldades e facilidades enfrentadas por esses alunos nos seus processos de aprendizagem. Apresentando como eixos teóricos de investigação/análise a Educação de Adultos e a Formação ao Longo da Vida no espaço da Universidade, visando com isso uma melhor compreensão sobre os processos educativos e de escolaridade dessa população. Tratou-se de um estudo quantitativo com uma amostra de 110 sujeitos. O processo metodológico deu-se através de pesquisa bibliográfica, levantamento de dados quantitativos junto ao NTI da UFPB, seleção da amostra, elaboração dos instrumentos para coleta de dados quantitativos, tabulação dos dados quantitativos no Programa SPSS e análise das informações quantitativas. Na aplicação dos questionários os tópicos “Facilidade e Dificuldade para aprender no curso superior” depois de analisados apresentaram os seguintes resultados em porcentagem: Fatores que facilitam a aprendizagem no curso superior por faixa etária 30 a 40 anos: Conhecimentos informais (57); Relação aluno x aluno (54,9); Relação professor x aluno (50); 41 a 50 anos: Relação professor x aluno (40,3); Conhecimentos informais (36,7); Relação aluno x aluno (35); Mais de 50 anos: Relação aluno x aluno (9,8); Relação professor x aluno (9,7); Conhecimentos informais (6,3). Fatores que dificultam a aprendizagem no curso superior por faixa etária 30 a 40 anos: Didática dos professores (62,5); Hábitos de estudos e leitura (53,8); Tempo para estudar (52,4); 41 a 50 anos: Tempo para estudar (39); Hábitos de estudos e leitura (38,5); Didática dos professores (32,1); Mais de 50 anos: Tempo para estudar (8,5); Hábitos de estudos e leitura (7,7); Didática dos professores (5,4). Diante dos dados obtidos podemos concluir que, os dilemas e desafios apontados pelo alunado adulto quanto às dificuldades/facilidades provenientes dos fatores internos da vida acadêmica, como por exemplo, a falta de tempo para conciliar a sua vida pessoal, social e acadêmica, apenas reforça e confirma as informações que constam na literatura da área. No que diz respeito à aprendizagem do alunado adulto é preciso quebrar concepções estáticas e comprometer-se com a possibilidade de mudanças desses cenários onde esses sujeitos aprendem. Por isso é fundamental que se ofereça condições para que ocorra uma educação emancipatória, atendendo às necessidades específicas desses sujeitos.