A presente pesquisa foi realizada com o intuito de conhecer como se dão as relações étnico-raciais no âmbito escolar e como a instituição de ensino se posiciona no que diz respeito ao combate ao racismo. Diante disso, oito educadores que lecionam no Ensino Fundamental I, em diferentes escolas da rede pública, foram entrevistados e compartilharam um pouco das suas metodologias e recursos utilizados em suas aulas para fundamentar discussões e debates, mostrando como lidam ao se deparar diante de casos de racismo dentro da sala de aula e como trabalham conteúdos relacionados à cultura afro-brasileira, levando em consideração que a Lei 10.639/2003 exige que esse tema seja inserido nas escolas. Além disso, questionou-se aos entrevistados quanto às possíveis diferenças que venham a existir no desempenho escolar de alunos brancos e negros, levando em consideração os fatores externos e internos à escola que podem implicar diretamente na retenção ou até mesmo na evasão dos grupos de alunos afrodescendentes. Por conseguinte, para evitar a exclusão escolar e social desses grupos, a instituição de ensino deve elaborar estratégias que busquem abolir qualquer forma de discriminação que possa existir entre os educandos, visto que a escola tem papel primordial na formação de cidadãos antirracistas, uma vez que atua na construção de conceitos e desconstrução de pré-conceitos carregados pelos discentes. Desse modo, para minimizar os episódios de racismo e suas consequências, ou até mesmo erradicá-los, o educador em sintonia com a escola assume o papel principal na construção de uma sociedade equipolente entre as raças, que não usa das diferenças presentes em uma para inferiorizar a outra.