Os estudos de aquisição de uma LE têm como paralelo a aquisição da língua materna (LM), considerando esta como ponto de partida para o processo de aprendizagem. Inicialmente, as pesquisas na área buscaram descrever acerca de questões concernentes a problemáticas relacionadas à sala de aula e a busca de métodos mais eficientes para a apropriação da língua. Entender a aquisição não negligenciando o sujeito é extremamente importante para compreender os diversos modos de funcionamento da linguagem. Ao interagir com outros sujeitos, cada indivíduo carrega consigo marcas que o faz singular. Este trabalho trata da identidade do sujeito aprendiz de inglês como língua estrangeira (LE) no processo de aquisição à luz da interlíngua. O entendimento da linguagem enunciada pela criança, sujeito que ao enunciar carrega consigo sua voz própria é fundamental para o estabelecimento de que língua e fala não são entidades abstratas, mas antes enunciados concretos. As reflexões aqui exploradas surgem dos dados de uma criança de oito anos, estudante do terceiro ano do nível fundamental 1 de uma escola regular da cidade de Guarabira-PB onde duas vezes por semana tem contato com o inglês em aulas com duração de 50 minutos cada. Neste estudo, buscamos investigar possíveis marcas identitárias do sujeito durante a aquisição da LE. As análises se dão tanto no âmbito da escrita, onde a criança deveria completar as frases com palavras em inglês, estas representadas por imagens, quanto da fala – sob o ponto de vista fonético-acústico. Para as análises acústicas utilizamos o programa computacional PRAAT versão 5.4 (Boersma&Weenik, 2014).