O presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa documental sobre o ensino de frações nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A pesquisa é parte de um estudo de mestrado e o objetivo, neste artigo, é analisar as ideias apresentadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e pela Base Nacional Curricular Comum (BNCC) em relação ao ensino de Frações. Esses dois documentos servem de base para o desenvolvimento do trabalho do professor junto à escola, ou seja, são orientações curriculares que devem subsidiar o trabalho docente. De um modo geral, os documentos oficiais consideram relevante o ensino de frações e inserem discussões e orientações sobre processos pedagógicos na escola situando-o no âmbito dos números racionais. Os dois documentos convergem quanto ao início do ensino de frações no Ensino Fundamental; ambos sugerem que o ensino de tal conteúdo seja introduzido no 4° ano. Além disso, tanto os PCN quanto a BNCC propõem o ensino das quatro operações envolvendo os números racionais na forma decimal. Contudo, as operações com os números racionais em sua representação fracionária não são propostos para serem ensinadas na etapa dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Os documentos divergem quanto os significados das frações que devem ser explorados nas situações-problema: enquanto os PCN abordam os significados quociente, razão e parte-todo, a BNCC faz menção aos significados divisão e parte-todo. Entendemos que o ensino de frações precisa permear o trabalho docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental e, considerando a complexidade desse conceito, é preciso que os professores favoreçam seus alunos com práticas de ensino que promovam aprendizagens significativas.