Este artigo é resultado de um trabalho da disciplina de Pesquisa e Prática Pedagógica do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, realizado no primeiro período de 2015. Nesta disciplina, tinha-se como atividade curricular: desenvolver um trabalho de investigar uma prática pedagógica em uma escola municipal, onde dever-se-ia considerar a proposta curricular da ação investigada. Assim, esta investigação teve lugar na Escola Municipal Jair Pereira de Oliveira, situada na zona rural de São Lourenço da Mata/ PE entre marco e julho de 2015. Investigou-se, especificamente a ação pedagógica da professora do 5º ano. Objetivou-se neste trabalho, verificar como a temática da diversidade é trabalhada em sala de aula e, como tal conteúdo perpassa pelo currículo quer prescrito, quer oculto e pelo Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola. Metodologicamente, se caracteriza como uma pesquisa de campo. Utilizou-se como material de análise: entrevistas semiestruturadas e observação. Para a análise dos dados, lançamos mão à Análise de Conteúdo desenvolvida por Bardin. A constatação advinda do campo investigado articula-se ao material bibliográfico no sentido de que, o currículo de fato é um campo de disputa de poder e significados, que ganha legitimidade no espaço escolar, o qual está estruturado numa lógica hierárquica que, impõe limites ao processo de ensino aprendizagem e, limita o professor desenvolver sua pratica pedagógica de forma a atender a diversidade presente em sala de aula. Contrariamente, privilegia-se e ao mesmo tempo se matem através do material didático, do currículo prescrito e oculto, as estruturas históricas: brancas; eurocêntricas; patriarcal; católica; pentecostal e neopentecostal. Concluiu-se, portanto que, a prática pedagógica da professora investigada pouco questiona tais concepções à medida que a mesma afirma não trabalhar a temática da diversidade em função da cultura dominante na comunidade, sobretudo, religiosa. Conclui-se ainda, a forte presença da estrutura social e histórica influenciando a prática pedagógica na escola da zona rural, a qual assenta-se no modelo de uma pedagogia dominante.