Este artigo nasce das experiências e aprendizagens vivenciadas em sala de aula de um professor de Geografia em duas escolas públicas, uma da Rede Estadual e outra Municipal, com alunos surdos no ensino regular do Ensino Fundamental II, no período de 2013 a 2016. Diante disso, questionamos: como um professor de geografia através da formação continuada pode desenvolver aprendizagens com alunos surdos na sala de aula regular? Tem como objetivo narrar minhas experiências de aprendizagens na sala de aula, como professor de geografia que ensina alunos surdos no ensino fundamental II, por meio da formação continuada. É uma pesquisa de abordagem qualitativa, com base no Método (Auto) Biográfico a partir das narrativas (auto) biográficas, que permite aos professores mergulhar nas origens das representações de si e do outro na construção de seus esquemas, escolar e profissional no processo vivido de ator e autor de suas próprias experiências formativas. Os resultados apontam a necessidade, cotidiana do nosso (re)pensar e (re)significar a prática, na busca da formação continuada, considerando que na nossa profissão pede uma (auto) reflexão uma vez que vivenciamos a experiência de alunos com deficiência na sala de aula regular de ensino. A pesquisa (auto) biográfica provoca (auto) formação sobre a nossa própria prática docente, na interação com os alunos, com professores, com todos os sujeitos escolares e é, nesse sentido, uma metodologia reflexiva da prática, e que o conhecimento de si não é espontâneo, é preciso fazê-lo emergir através da reflexão com o outro e, se possível, retomá-la por escrito.