A avaliação da aprendizagem é um tema que vem sendo discutido com muita frequência nas pesquisas educacionais. Ela é a principal ferramenta de verificação da aprendizagem dos alunos. Mas também temos o Projeto Político Pedagógico (PPP) que é amplamente discutido e assume um protagonismo na escola. A avaliação é parte integrante dele e, para ser bem planejada e ter eficiência, depende do PPP. Sendo assim, essas duas ferramentas estão totalmente interligadas. O projeto pedagógico deveria ser o documento que norteia as ações dos professores em sala de aula, uma vez que nele constam objetivos e estratégias pensadas a partir da realidade da comunidade escolar como um todo. Se isso não acontece, dificilmente o trabalho do docente terá resultados verdadeiramente significativos e satisfatórios no sentido de exercer reflexos e contribuições efetivas em consonância com a realidade local. O presente trabalho é uma continuidade de um trabalho anterior, que verificou um hibridismo nas práticas avaliativas dos docentes, que ora se mostram influenciados pela abordagem tradicional ora revelam-se envolvidos com a abordagem crítica. Este estudo, especificamente, parte do seguinte questionamento: Qual o reflexo do PPP nas práticas avaliativas dos professores de Educação Física? A luz dessa questão, o trabalho objetiva analisar a incidência do PPP nas práticas avaliativas dos referidos professores. O trabalho consiste em um estudo de caso, cujos dados foram coletados a partir de um questionário com oito perguntas subjetivas direcionadas a quatro professores de Educação Física, que lecionam no ensino fundamental II de uma Escola Estadual da cidade de Campina Grande (PB). Das oito perguntas foram selecionadas duas para a análise de dados deste trabalho, a escolha se justifica pelo fato dessas questões estarem intimamente ligadas ao PPP e à avaliação. Foi possível verificar que as estratégias avaliativas não vêm levando em conta o PPP da escola e isso possivelmente ocorre em virtude de vários fatores, tais como desorganização no ambiente escolar no tocante ao efetivo planejamento do PPP, bem como à falta de estimulo dos professores.