Falar em experiências significativas com a leitura, para que se possa formar o gosto pelo ato de ler, é lembrar a literatura como um “indicador” dessa possibilidade, a qual abre espaço para a formação de leitores. Nesta perspectiva, é importante a escola ter espaços de referências para a leitura literária e a biblioteca é, por excelência, o mais indicado. Nesse contexto, situa-se o projeto Das práticas prazerosas de leitura a constituição do gosto: construindo possibilidades, desenvolvido a partir dos estudos na disciplina Formação do Leitor e Ensino de Literatura, do Mestrado Acadêmico em Ensino da UERN. O projeto se caracteriza como métodos mistos e apresenta como objetivo estimular o gosto pelo ato de ler, por meio de práticas de leitura prazerosas e produção textual, tendo a biblioteca como espaço referencial. Este artigo, portanto, visa a apresentar a experiência deste projeto transformativo, o qual permitiu duas vertentes de estudo: a primeira voltada ao despertar do gosto e prazer da leitura por meio dos textos literários, e a segunda sobre o uso da biblioteca como um ambiente de formação do leitor, desenvolvido com alunos do 2º ano do Ensino Fundamental I. Para tanto, nos reportamos aos estudos de Villardi (1997), Coelho (2000), Maia (2007), Pontes (2011), entre outros. Os resultados indicaram que para despertar no aluno o gosto pela leitura não é preciso fazer algo excepcional. Simples atividades diversificadas de leitura literária, quando pensadas com e para o aluno, enriquecem o ato de ler, tornam a leitura prazerosa.