Compreendemos que toda atividade de ensino subjaz uma concepção de linguagem e leitura, nesse sentido, consideramos relevante compreender quais as implicações pedagógicas dessas concepções no ensino de Língua Portuguesa na Educação Básica. Nesse artigo apresentamos um recorte das discussões teóricas da pesquisa monográfica Cavalcante (2012) no que concerne, as influências das percepções de leitura e linguagens na relação autor-texto-leitor e, portanto, na formação do leitor. Para tanto, realizamos uma pesquisa documental e bibliográfica buscando aportes teóricos que baseiem nossas discussões, ressaltamos os autores: Traváglia (2008) acerca das concepções de linguagem; Koch e Elias (2009) discutindo a mediação da leitura; Antunes (2003) e Colomer e Camps (2002) acerca do ensino da língua materna. As discussões evidenciam que a terceira concepção de linguagem compreende a língua como processo de interação, nessa concepção o foco é na “interação autor-texto-leitor”, desse modo, o leitor é parte integrante do texto, capaz de interagir com ele e (re) significá-lo. Concluímos ser imprescindível ao professor ampliar a sua concepção de linguagem, promovendo uma mediação pedagógica mais significativa, contribuindo assim, de forma mais expressiva para a formação do aluno-leitor.