Na década de 1960, o Estado brasileiro vivenciava uma grave crise econômica. Crescia o sentimento anti-imperialista no país, realidade que favoreceu um panorama político marcado pela ascensão das massas populares ao Poder. A Campanha De pé no chão também se aprende a ler, foi uma das respostas às aspirações sociais da época. Representou uma política pública idealizada pela gestão municipal de Natal/RN, com vistas a promover a alfabetização da população potiguar, contribuindo na construção da cidadania e no processo de inserção no mundo do trabalho. Assim, o presente artigo almeja verificar o potencial inclusivo da educação profissional desenvolvida durante a campanha de pé no chão, com ênfase na quinta fase do movimento popular em tela. Constatando de tal forma, a consonância dos anseios do mundo do trabalho com o processo cognitivo desenvolvido no âmbito daquela política educacional. O trabalho foi realizado a partir da pesquisa bibliográfica e uma metodologia com enfoque de abordagem qualitativa, a fim de apreender a realidade vivenciada pelos alunos da campanha de forma crítica e reflexiva. No processo de estudo, realizou-se um diálogo com os pensamentos de Willigton Germano, Marise Ramos, Acácia kuenzer e Gaudêncio Frigotto na busca pelo desvelamento do tecido social encontrado na década de 1960, durante a implementação da referenciada política pública municipal concretizada durante o governo de Djalma Maranhão.