Este trabalho discorre sobre um processo pedagógico desenvolvido ao longo da unidade curricular Ensino de Linguagens para uma estética da diferença, da pós-graduação de Licenciatura em Linguagens, da Faculdade Sesi-SP de Educação. Trata das atividades desenvolvidas durante o 1º semestre de 2024, sobretudo, no que diz respeito às estéticas indígenas. Exprime associações entre Literatura e outras linguagens artísticas, como música e cinema, pautando-se nos pressupostos de Ailton Krenak (2020) a respeito de uma educação decolonial. Além disso, baseia-se em autores e em artistas como Marcia Kambeba (2021) e MC Owerá (2022), a fim de estabelecer relações teóricas, literárias e artísticas entre as subjetividades que engendram a ideia de corporificar a literatura, numa proposta de trabalho interdisciplinar e subversivo com as linguagens. Propõe uma abordagem crítica sobre a trajetória histórica e social desde a colonização até a contemporaneidade, utilizando como referenciais artigos e documentários, como Guerras do Brasil (Bolognesi, 2019). Além disso, provoca reflexões acerca dos aspectos coloniais do currículo. Descreve a sequência didática utilizada na unidade curricular em pauta, bem como os resultados obtidos, a partir dos trabalhos desenvolvidos pelos estudantes. Apresenta uma abordagem qualitativa da pesquisa-ação realizada, a qual se propôs a refletir e contribuir com a formação de professores da rede pública do estado de São Paulo.