Segundo Paulo Freire a educação como prática da liberdade, envolve o despertar da autonomia do estudante e o seu protagonismo na produção de conhecimento e processo de escolarização. Esta perspectiva envolve, especialmente, o uso de algumas estratégias que buscam eliminar as barreiras de comunicação, como práticas pedagógicas de comunicação, a tecnologia assistiva, a mediação pedagógica e o auxílio do intérprete de Libras e do guia-intérprete. Portanto, este trabalho tem como objetivo avaliar de que modo as práticas de acessibilidade comunicacional garantem a autonomia e a inclusão escolar da criança com deficiência. Para um maior entendimento do desenvolvimento desta área do conhecimento no Brasil, buscou-se avaliar a produção científica nacional. Para tal, utilizou-se como metodologia de pesquisa uma abordagem qualitativa fundamentada na revisão bibliográfica da literatura, realizada a partir da base aberta do portal de periódicos da CAPES, a partir dos descritores: comunicação e inclusão escolar, considerando-se o período de 2020 a 2024. Como resultados, encontrou-se 11 artigos que abordam os temas mais relevantes da educação especial-inclusiva, como a comunicação alternativa e suplementar, jogos, artes visuais, educação física, tecnologia assistiva e as deficiências auditiva e intelectuais, predominando os trabalhos sobre o transtorno do espectro autista. Como considerações finais, tem-se que as práticas de acessibilidade comunicacional colaboram para estimular a autonomia e a inclusão escolar da criança com deficiência. No entanto, a autonomia da pessoa com deficiência depende também do seu grau de funcionalidade, de todas as demais acessibilidades da participação de todas as pessoas que fazem parte das redes de apoio.