Com os avanços na área da saúde e das políticas públicas para inclusão de pessoas com deficiência, os docentes do Ensino Superior estão cada vez mais desafiados a construir planos de aula baseados em metodologias de ensino que contemplem a complexidade dos conhecimentos específicos das disciplinas, bem como, as diferentes formas de aprender e demonstrar o conhecimento dos alunos. Neste sentido, o Núcleo de Apoio Permanência e Acessibilidade (NAPA) da IES, que acompanha os alunos diagnosticados com diferentes quadros e condições neurológicas como por exemplo TEA, TDAH, deficiência física, dislexia, entre outros, realizou dois encontros formativos com professores para tratar a temática inclusão. No primeiro encontro, realizado presencialmente, utilizou-se a metodologia do psicodrama a partir de intervenções com vivências, para a aproximação do docente à realidade destes alunos e desmistificar tabus e preconceitos quanto à capacidade de aprender do aluno com deficiência. O segundo foi realizado de forma remota com o objetivo de apresentar as estratégias institucionais e as orientações para a inclusão. Os resultados destas intervenções foram conduzidos como estudo de caso. A ação dramática e a tomada de papéis construídos coletivamente, pelos próprios docentes, permitiram a oportunidade de dar visibilidade aos medos, às preocupações e as trocas de experiências de como lidar com as demandas que o atendimento a este público requer. A metodologia utilizada aponta os desdobramentos vivenciais como uma fonte primordial na ressignificação da atuação docente frente à inclusão e como consequência o apoio e a criação de estratégias pedagógicas.