O artigo objetiva discorrer sobre o racismo estrutural e Direitos Humanos na escola. Para fins de análise do fenômeno social, no trajeto percorrido sob a égide de práticas racistas percebidas no âmbito escolar eivadas de violências físicas, psicológicas e simbólicas, buscaremos compreender as estruturas estruturantes da escola enquanto instituição-cenário de reprodução social de ideias hegemônicas e racistas. Nessa análise sociológica da educação, objetivamos estudar os fenômenos sociais sob o espectro de suas interseccionalidades de classe, de gênero e de raça espraiados na escola, que configuram os atravessamentos do racismo por meio de interações ocorrentes entre os atores sociais em torno deste espaço social analisado. O tema consiste em um estudo interdisciplinar que se baseia nos estudos de educação no diálogo com os Direitos Humanos, com a sociologia, a antropologia, a História e etnografias realizadas em torno da temática no campo proposto. O racismo consiste, historicamente, em um fenômeno social que fomenta evasão escolar, ainda a internalização psíquica de processos de inferiorização e superiorização entre raças. A escola sedimenta as estruturas estruturantes da sociedade que precisa combater as práticas eivadas de racismo, ainda de transformações de diferenças dos corpos em desigualdades sociais. O racismo de Estado deve ser refletido e eliminado por meio dos processos de educação e de inclusão social. Educar para os Direitos Humanos é educar para equidade social, transformando diferenças em potencialidades.