A experimentação tem sido utilizada como um dispositivo pedagógico desde os primórdios do racionalismo, com Aristóteles defendendo a experiência como elemento imprescindível para se atingir um conhecimento universal. No ensino de química, a experimentação é fundamental porque permite que os alunos desenvolvam competências essenciais para a compreensão do conhecimento científico. A teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel sugere que a aprendizagem ocorre quando os alunos relacionam novos conhecimentos com conceitos relevantes já existentes em sua estrutura cognitiva. A experimentação é um dispositivo poderoso para promover essa conexão, permitindo que os alunos vivenciem e estabeleçam vínculos entre a teoria e a prática. A revisão sistemática da literatura foi realizada para avaliar a importância da experimentação no ensino de química. A mesma é um estudo que tem como objetivo reunir e analisar de forma crítica e abrangente os materiais relevantes sobre a aprendizagem significativa e experimentação. Ao realizar experimentos, os alunos observam, coletam dados, analisam resultados e formam explicações, construindo o conhecimento de forma ativa. Isso favorece a aprendizagem significativa, pois os alunos atribuem significado aos conceitos químicos por meio de sua própria experiência. Além disso, a experimentação desperta o interesse e a motivação dos alunos, fatores essenciais para uma aprendizagem efetiva. A contextualização é outro aspecto importante no ensino de química, pois permite que os alunos relacionem os conceitos aprendidos com situações do seu cotidiano. A experimentação contextualizada pode ajudar a superar a dissociabilidade entre teoria e prática, mostrando aos alunos a relevância dos conceitos teóricos em situações reais. Em suma, a experimentação é um componente essencial do ensino de química, especialmente quando integrada à teoria da aprendizagem significativa. Ao vivenciar fenômenos químicos e estabelecer conexões com conceitos teóricos, estimular sua dissociabilidade, os alunos desenvolvem uma compreensão mais profunda e significativa do conhecimento científico.