Uma das novas tendências nas redes sociais é o uso do “cabelo maluco”. Tal modismo está ocorrendo nos contextos escolares. Isso tem refletido de forma negativa quando se trata do cabelo negro, pois há casos de alunos que se vestem com cabelo black e dizem que estão fantasiados de cabelo maluco, ocorrendo práticas de bullying e racismo. Mediante tal fato, que surgiu este artigo a partir de discussões ocorridas com alunos do Curso de graduação de Educação Física integrantes do Projeto de Iniciação Científica de uma Universidade da Baixada Fluminense-RJ. O objetivo escolhido pelo grupo foi de colaborar com a ressignificação da identidade do negro, a partir de buscas de práticas corporais culturais elencadas em trabalhos científicos na área da educação física escolar (2019- 2023), já que nesta área de conhecimento existe a obrigatoriedade de abordar a corporeidade negra por reconhecer a relevância do aprender com o corpo inteiro. O método utilizado foi da pesquisa quantitativa e qualitativa (CRESWELL,2006), de natureza exploratória, analisando nesses artigos a ausência ou presença de práticas corporais culturais sobre o cabelo negro. Após dados coletados obteve como resultados: 53 artigos publicados que abordam acerca do cabelo negro, dentre eles encontrou-se nos artigos: 11 que abordam o cabelo negro, mas não refere a temática educacional, 42 sobre o cabelo na área da Educação, sendo que desses 42 somente 8 retratam acerca da temática na área da Educação Física. Assim, nesta pesquisa verificou que ainda está muito embrionária a abordagem do cabelo negro nas práticas escolares da Educação Física Escolar, desencadeando assim uma cultura negra negada e silenciada, Para tanto, é mister fomentar práticas cotidianas e de pesquisas na finalidade de contribuir com ações que quebrem o estereótipo da beleza universal da estética capilar.