Artigo Anais do X Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

AFETIVIDADE E ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA ESCOLAR CONTRA PESSOAS TRANSGÊNERAS: UM ESTUDO DE CASO

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

Este trabalho foi construído a partir do interesse em compreender como a afetividade e os processos de afetação podem contribuir com as práticas educacionais e influenciar na compreensão e enfretamento das violências discriminatórias no contexto escolar. Para tanto, utilizou-se as perspectivas freiriana e walloniana, abordando a integralidade humana e a importância da relação afetividade-educação para um possível processo emancipatório. Além da pesquisa bibliográfica, utilizou-se como método o estudo de caso, uma vez que é uma importante ferramenta que pode promover reflexões e expandir as possibilidades de visões sobre determinada situação e ainda, ajuda a criar estratégias de trabalho alternativas e exemplificar os fenômenos estudados. O caso versa sobre a situação de uma jovem transsexual que, embora com apoio familiar, encontra na escola e em outros contextos sociais os processos discriminatórios que lhes geram sofrimento. Identificou-se como categorias de análise: o processo histórico da edificação do preconceito e homofobia, a constituição multidimensional da pessoa, papel da escola e da afetividade no enfrentamento à violência, rede de proteção e as possibilidades de trabalho. Por fim, entre outras, discutiu-se a relevância de: as posturas dos profissionais escolares contribuírem para que os eventos que acontecem naquele espaço sejam material de análise e interpretação; a coletivização do cuidado pode contribuir para promoção da cultura de paz e respeito; assumir que os fenômenos discriminatórios e transfóbicos existem naquele ambiente é um passo importante para buscar melhorias, assim como, conhecer a etiologia e os processos socio-históricos-culturais desses fenômenos é um importante caminho para que as instituições de ensino reflitam e contribuam para a diminuição de violências sociais; a potência das atividades de inclusão social onde as pessoas se sintam representadas e acolhidas em suas necessidades; a democratização e valorização da participação de todos os agentes escolares como forma de estimular os processos de emancipação e autonomia.

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