Esse trabalho problematiza a seguinte questão: como os saberes listados na obra “pedagogia da autonomia saberes necessários à prática educativa” de Freire (2022), podem potencializar a prática dos professores de História em uma sociedade multicultural? Por intermédio desse questionamento elaboramos o objetivo central deste estudo que é analisar como os saberes esquematizados na obra já mencionada podem contribuir para as práticas docentes dos profissionais de História na construção de um ensino multicultural. Como aporte teórico-metodológico optamos pela pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, dialogando com autores da área da Educação e do Ensino de História. Compreendemos que o ensino é atravessado pelas questões sociais, políticas, ambientais e culturais, nesse emaranhado que se interligam é necessário problematizar a prática dos docentes em sala de aula. Esses apontamentos citados coadunam com as discussões acerca do ensino multicultural, ou seja, um processo de ensino-aprendizagem que reconheça, respeite e trabalhe para que as múltiplas culturas estejam presentes no fazer docente. Dentro desse contexto queremos elencar o profissional de História, esse é responsável por um componente curricular que historicamente falando está em constante disputa para validar narrativas e invalidar outras, esse profissional é antes de tudo, um ser político, portanto, seus planejamentos e atuações não são neutras. Freire (2022), sistematiza os saberes que são cruciais para a construção de uma prática progressista e comprometida com a transformação social. Evidenciamos que tais saberes possibilita a reflexão crítica do fazer docente em sala de aula, contribuindo para a construção de um ensino de História comprometido com a diversidade.