A Festa Literária de Jitaúna-BA, conhecida regionalmente como a FLIJI, foi criada em 2018 com o objetivo de resgatar e valorizar as histórias e memórias que marcam a constituição identitária do povo jitaunense. Já na sua terceira edição, a FLIJI coloca distintas gerações em contato a fim de discutir literatura, olhar o mundo através das artes e, sobretudo, potencializar a criação tanto dos estudantes quanto de todos aqueles que circulam pelos espaços culturais que compõe o evento. A princípio, pensou-se em um projeto que fosse construído apenas pelas Escolas. Mas ele foi sendo visto e prestigiado por toda comunidade e pelo Território Médio Rio de Contas, na Bahia. Nesse sentido, trazemos à baila, no presente artigo, as experiências decorridas do trabalho nas Escolas municipais de Jitaúna nas quais os estudantes tiveram contato com diversos gêneros textuais e discursivos, potencializando a produção literária em sala de aula a partir dos temas explorados nas três edições da FLIJI. Para tanto, recorreremos às postulações de Zilberman (1991), Lajolo (1993) e Delleuze (2003) a fim de concebermos a literatura enquanto espaço de formação cidadã e valioso instrumento na promoção da diversidade cultural, considerando-a enquanto caminho para a leitura não somente das obras escritas, mas também das diversas práticas de letramentos e de compreensão do mundo. Esta produção científica está embasada na pesquisa qualitativa.