O período de redemocratização do país a partir da década de 80 e a garantia do direito à educação demandaram a organização das classes dominantes e a reestruturação do capital e seu sistema produtivo. Logo, buscou-se imprimir um pensamento econômico para as políticas públicas educacionais, tanto para a captura e transferência de fundos públicos para o setor privatista, quanto para a criação de subjetividades individualistas, moldadas pelo imaginário neoliberal. A educação tornou-se alvo do setor privatista e assim como em outros países, o currículo. Este artigo adotou a abordagem metodológica do Ciclo de políticas e constatou que a demanda por uma base comum nacional assumiu contornos antidemocráticos, ignorando a classe acadêmica, alunos e professores. Tanto as duas versões preliminares, até a versão final foram alvo da lógica neoliberal e da união de atores sociais privatistas e neoconservadores para sua elaboração.