O presente estudo visa mapear e analisar os artigos publicados nos últimos cinco anos (2018-2023), que abordam a temática da vivência universitária para jovens estudantes negras nos cursos de licenciatura ofertados pelas universidades públicas no Brasil e a partir de então refletir sobre a importância dessas vivências para o enfrentamento dos desafios enfrentados por essas jovens no ambiente universitário. Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática qualitativa em artigos dos últimos cinco anos. É necessário entender que os/as jovens estudantes não fazem parte de um grupo homogêneo, pelo contrário, cada uma possui aspectos subjetivos que refletem em suas vivências universitárias. E quando se trata de jovens estudantes negras, essas subjetividades tornam-se mais evidentes, pois, os desafios enfrentados por elas atravessam a questão de gênero e como, também, a questão étnico-racial. Portanto, é necessário ter um olhar interseccional para essa questão, pois a discussão de classe, gênero e étnico-racial se cruzam, perpassam e tem pontos em comum para essas mulheres negras. E isso tem forte impacto em suas vidas, seja no âmbito pessoal ou enquanto estudantes e consequentemente em suas vivências universitárias, e na forma que elas enfrentam os desafios no ambiente acadêmico durante a graduação. As vivências universitárias para essas jovens estudantes negras vão além do espaço da sala de aula, são construídas também através das relações de sociabilidade, espaços formativos e nos momentos de discussões e textos trabalhados com as professoras/es.