Esse artigo promove, de maneira geral, discussões que visam ampliar reflexões em torno do ensino de História e da Cultura Afro-brasileira e Africana para os anos iniciais do Ensino Fundamental e, de modo particular, dialoga com a Ecologia dos saberes locais da comunidade Quilombola. Para tal, estruturamos esse trabalho em três seções. Na primeira damos visibilidade ao processo de silenciamento e invisibilidade fomentada pela ideologia eurocêntrica que tenta apagar da memória social a dor e o sofrimento vivido pelos povos escravizados. Na segunda sessão, fazemos uma travessia sobre o silenciamento das pessoas pretas na educação, evidenciando avanços e desafios que constituem a luta pela existência de uma educação pública de qualidade para todos as cores. Na terceira e última seção, apresentamos alguns saberes que foram tecidos na visita de estudo à Comunidade Quilombola Guruji-Ipiranja/PB, com alunos/as do componente Ensino de História, do curso de Licenciatura em Pedagogia, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).