A sexualidade é um conceito recorrente no contexto das práticas sociais, sendo a escola um espaço na qual, muitas vezes, o seu tratamento configura-se no currículo limitado ao corpo biológico com foco na reprodução, ciclo menstrual, infecções sexualmente transmissíveis e métodos contraceptivos, entre outros. Todavia, a sexualidade no interior das práticas de ensino requer uma abordagem articulada ao corpo que remeta proposições de ordem social atrelada às questões de gênero, identidade sexual, orientação sexual, misoginia, práticas sexuais abusivas, etc. Nesse sentido, a formação inicial de professores para o ensino de Ciências e Biologia necessita promover o debate temático dessas questões para auxiliar na futura atuação pedagógica dos graduandos, bem como propor a elaboração de materiais educativos curriculares, possíveis promotores de ensino e aprendizagem em sala de aula. Assim, o trabalho a ser apresentado decorre de um relato de experiência na disciplina de Estudos Temáticos em Sexualidade, no curso de Ciências Biológicas, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, por meio de uma proposta de elaboração de materiais educativos curriculares, denominados sinopses pedagógicas, constituídas como uma estratégia metodológica a ser utilizada no ensino referente à sexualidade, sendo produzidos pelos graduandos resumos de narrativas de uma suposta produção cinematográfica, com temas envolvendo a sexualidade, sendo apresentadas no contexto da elaboração os seguintes títulos: Fragmentada, Segura que o filho é nosso, Nude Selfie - A tecnologia como ameaça. O artigo tem como objetivo analisar tais narrativas nas sinopses como desdobramentos para o tratamento da Sexualidade no ensino de Ciências e Biologia tendendo a uma visão mais contemporânea que atenda as novas demandas curriculares, articulado ao processo de ambientalização curricular e educação ambiental crítica.