Este artigo apresenta a revisão bibliográfica, percursos metodológicos e os primeiros achados da pesquisa “Políticas Institucionais de Gênero e Maternidade nas Universidades Públicas do Brasil” desenvolvida no âmbito do Programa de Iniciação Científica (PIBIC) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). A Pesquisa de Iniciação Científica (IC) se caracteriza por tratar-se de um processo de introdução do sujeito pesquisador ao universo da pesquisa, nesse sentido a IC promove uma aproximação entre a graduanda pesquisadora e as referências teóricas relevantes para o trabalho, como também as metodologias e processos de análises. No artigo em tela organizamos as primeiras ações da pesquisa, durante seu primeiro ano de realização (2023), quando a graduanda se debruçou sobre a revisão bibliográfica e a contextualização da temática, bem como, estudou a metodologia da Revisão Sistemática da Literatura (RSL), a partir da qual a graduanda identifica as legislações existentes nas Universidades Federais (UF) acerca da temática específica. Aqui apresentamos as reflexões teóricas que tratam do trajetória educacional e histórico-social das mulheres, para tal, nos apoiamos nos escritos de Àries (1986), Badinter (2011) e ainda, das autoras Crenshaw (1989), Davis (1982), Gonzalez (2020) e hooks (2015), afim de compreender como a maternidade é marcada por atravessamentos, responsáveis por configurar distintas formas de vivê-la a partir dos marcadores como raça, etnia e classe, ainda que no mesmo território, nesse caso em específico, a universidade. Inicialmente, os resultados encontrados dão conta da existência de políticas, ainda que restritas a algumas UF, o que coloca para as pesquisadoras – graduanda e orientadora – a necessidade de aprofundamento do estudo das políticas mapeadas afim de subsidiar a produção e reflexão de estruturas legais que possam conduzir as universidades para a redução das históricas desigualdades institucionais que reproduzem o machismo estrutural de nossa sociedade no seio da universidade brasileira.