Este é um recorte da tese de doutorado A EDUCAÇÃO INTEGRAL EM SEXUALIDADE PARA A PREVENÇÃO DA SÍFILIS: UM OLHAR DOS e DAS DOCENTES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE NATAL (RN)/ BRASIL, do programa de Sustentabilidade Social e Desenvolvimento, da Universidade Aberta de Portugal. O doutorado foi realizado em uma parceria entre a instituição portuguesa e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por meio do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), como parte integrante do Projeto “Sífilis Não”, tendo, entre outros atores, a atuação direta do Ministério da Saúde do Brasil e da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS). Desde 2016, o Brasil vive uma pandemia de sífilis, reconhecida oficialmente pelo governo federal. Esse reconhecimento teve como base a alta nos casos de sífilis adquirida (quando transmitida entre parceiros sexuais), a sífilis em gestante e a sífilis congênita (quanto o bebê é contaminado pela mãe durante a gestação ou o parto). Diante do aumento de casos e do reconhecimento oficial, iniciaram-se uma série de ações, direcionadas para comunicação e educação, com o objetivo de alertar e conscientizar a população quanto às consequências da sífilis, mas sobretudo, quanto a possibilidade de prevenção, testagem e cura. Neste contexto, a escola cumpre um papel fundamental, como um ambiente propício à troca de conhecimentos e experiências entre adolescentes, tendo o professor como mediador. A pesquisa realizada durante o processo de doutoramento teve como objetivos analisar o conhecimento expressado pelos e pelas docentes em relação à sexualidade e comportamento de seus estudantes; conhecer a percepção dos e das docentes em relação à sexualidade, nomeadamente no que diz respeito à prevenção da gravidez precoce e ao enfrentamento à sífilis, e identificar a necessidade de formação para os e as docentes na área de educação integral em sexualidade.