O presente estudo, desenvolvido através de uma metodologia qualitativa, de caráter exploratório e cunho bibliográfico, visa debater de forma introdutória, alguns apontamentos sobre as bases neurobiológicas que medeiam os processos de leitura e de escrita com base em evidências científicas, além de destacar possíveis contribuições das Neurociências para a Educação, em especial para a alfabetização de crianças. O corpo teórico do estudo, baseado em autores como Dehaene (2012), Bortolanza e Da Costa (2016), Sigman (2017), Buchweitz, Mota e Name (2018), Soares (2020) e Silva e Barreto (2021), indica que o processo de alfabetização engloba a aquisição e o desenvolvimento da leitura e da escrita e requer uma série de mecanismos neurocognitivos e perceptivos, além de condições ambientais adequadas e de instrução externa. Para mais, aponta a alfabetização como um processo complexo, dependente do funcionamento e da interação de diferentes áreas do cérebro humano, bem como da exposição a estímulos ambientais que promovam experiências significativas e constantes de interação com as letras, fonemas e palavras. Deste modo, faz-se necessário aos professores alfabetizadores, o conhecimento sobre as bases neurobiológicas que medeiam a aquisição da leitura e da escrita, a fim de promover práticas alfabetizadoras que venham a superar o ensino da língua como uma mera decodificação sons, letras e palavras, fomentando uma postura ativa daqueles que estão em processo de alfabetização, visto que a alfabetização é indispensável para o exercício pleno da cidadania na sociedade contemporânea.