A expansão e o acesso às tecnologias colaboram para a comunicação dos surdos que ao utilizá-las podem optar pela língua de sinais e/ou pela língua portuguesa. Neste sentido, os objetivos deste estudo é conhecer os usos que os surdos atribuem ao celular no dia a dia, identificando as mudanças que esse acesso tem proporcionado em língua portuguesa, bem como as dificuldades encontradas durante o uso. A pesquisa é qualitativa e como ferramenta para geração de dados foi aplicada uma entrevista semi estruturada, sinalizada em Libras com 6 surdos. Dentre os principais autores que conversaram com os dados foram Xavier (2007); Stumpf (2010); Scheffer, Bez e Passerino (2014); Ferraz e Nogarol (2016); Sousa (2002; 2018). Os dados obtidos estão em duas categorias, a primeira trata sobre uso do celular e as mudanças causada no contato com a língua portuguesa, a segunda refere-se à as dificuldades com a língua portuguesa nas interações comunicacionais ou em situações diversas. Diante disso, os dados da pesquisa mostram que os surdos usam o celular para pesquisa e interações, esta última acontece em Libras ou em português conforme seu interlocutor, mas preferem realizar mensagens em vídeo, uma vez que sentem muitas dificuldades na compreensão de palavras e textos extensos. Alguns surdos confirmam o aprendizado de palavras em português, mas não tem sido significativo para outros, o que aponta lacunas no letramento dos surdos.