O presente artigo é fruto de uma análise comparativa entre resultados que se perpetuaram, observados na rede de ensino de Petrópolis, no ano de 2012 e na avaliação diagnóstica da mesma rede no ano de 2023. Em 2012 atuei como Coordenadora Pedagógica na Escola Municipal Prefeito Jamil Sabrá que fazia atendimento apenas aos alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. A partir dos resultados obtidos pelos alunos do 9º ano, na Prova Brasil de 2009 e 2011, apresentei um Projeto de Intervenção (PI) no qual propus estabelecer práticas que levassem ao desenvolvimento das competências necessárias a garantir ao aluno o direito ao letramento. Esse PI teve sua aprovação como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de minha Pós-graduação em Coordenação Pedagógica, pela Escola de Gestores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tinha como objetivo principal institucionalizar a prática da leitura, junto a toda a comunidade escolar, no intuito de promover uma prática pedagógica que viabilizasse minimizar o analfabetismo funcional e alcançar melhores índices de aprendizagem. A relevância deste artigo está na observação de que a alfabetização não é pontual, mas sim processual e que a institucionalização da leitura dentro de uma comunidade escolar permite ao corpo discente alfabetização plena no decorrer dos Anos Finais do Ensino Fundamental, visto que quando se percebe que o Ciclo de Alfabetização de nossas crianças deixou lacunas é preciso agir e não responsabilizar e/ou culpabilizar. Como professora de língua inglesa, que atende apenas aos Anos Finais, sempre compartilhei com meus colegas especialistas da sensação de impotência e por essa razão acredito que a proposta serve também como formação continuada em serviço à equipe gestora, corpo docente e equipe de apoio.