Em uma aula, por exemplo, de leitura o professor é o mediador entre o aluno e o autor do texto. Nessa mediação, ele pode apresentar modelos para a atividade global, como pode, dependendo dos objetivos da aula, fornecer estratégias específicas de leitura, fazendo predições, perguntas e comentários. Assim, o docente pode utilizar os mais variados recursos para o desenvolvimento de habilidades, dentre elas as habilidades leitoras e para o desenvolvimento do letramento de seus alunos. Neste estudo, desenvolvido no contexto da pandemia do novo Coronavírus (entre os anos de 2020 e 2022), objetivamos verificar como professores da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que lecionam em turmas com discentes com deficiência inserem gêneros textuais em suas aulas para fomentar a aprendizagem discente. Para o alcance do objetivo, entrevistamos quatro docentes que lecionam nas referidas turmas de uma escola de um município cearense. Como aporte teórico, nos apoiamos nas contribuições de documentos da legislação educacional como a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (BRASIL, 1996) e a Resolução Nº 2, de 11 de setembro de 2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001) e nas contribuições de Koch e Elias (2011), dos Parâmetros Curriculares Nacionais Língua Portuguesa (1997), Kleiman (1993) dentre outros autores e documentos. Os docentes participantes inserem gêneros textuais para promover aos alunos com deficiência a imersão no mundo leitor por meio de desenhos, imagens e histórias no qual os discentes podem realizar a leitura das imagens apresentadas nas histórias.