O presente trabalho teve por objetivo geral analisar a concepções e práticas avaliativas recomendadas para a Educação Infantil e suas contribuições para a inclusão escolar. Desse modo, nos propomos como objetivos específicos a identificar perspectivas avaliativas recomendadas para a Educação Infantil nos principais referenciais teóricos na área e identificar a proposta avaliativa para a educação infantil presente nos dispositivos legais brasileiros. Para tanto, adotamos a pesquisa documental e a revisão de literatura, para em seguida, analisar as contribuições dos modelos avaliativos encontrados e sua correlação com a perspectiva da inclusão, considerando as necessidades educacionais específicas das crianças pequenas. Tal pesquisa de natureza qualitativa considerou os principais referenciais sobre Educação Infantil (RECNEI, 1998; BNCC, 2017), bem como os principais dispositivos legais sobre a inclusão (PNEE, 2008; PNE, 2014; LBI, 2015). A análise se pautou na análise de conteúdo e análise documental, conforme discutidas por Bardin (2001). Os resultados indicaram aspectos que são bem preocupantes, pois revelam que muito do que é compreendido em termos avaliativos são permeados por ideias e práticas classificatórias, competitivas e excludentes, o que anda na contramão da premissa de educação inclusiva, cuja proposta se assenta na cooperação e na valorização das diferenças. Por outro lado, é possível verificar nos referenciais pequenas janelas de oportunidades para que se mude a visão dos educadores, por um lado, e das escolas de Educação Infantil, por outro, construindo práticas onde o ato avaliativo seja, principalmente, espaço de reflexão, de revisão e de adequação, portanto, de inclusão.