No presente artigo objetivamos apresentar uma reflexão acerca da in(ex)clusão da pessoa com deficiência intelectual no contexto educacional brasileiro. Por meio de um diálogo entre os contextos mais genéricos da historicidade da educação pública brasileira, compreendemos que aspectos para além das condições patologizantes dessa categoria de deficiência Têm contribuído com a in(ex)clusão intelectual do grupo de pessoas que se enquadram nesse contexto social. Apoiados nos estudos sociais da deficiência, partimos do pressuposto de que em virtude da tardia institucionalização da educação popular brasileira, somada a fatores de exploração e perpetuação da ordem vigente que ainda persistem em coexistir nas salas de aula brasileiras, a escola, por vezes, ainda se comporta como um instrumento de exclusão e segregação quando se trata da pessoa com deficiência intelectual, principalmente a partir de pedagogias que negam as capacidades desses sujeitos. Algo que torna o tema aqui levantado relevante para a nossa sociedade, sobretudo por se tratar de um direito constitucionalmente garantido à todos os brasileiros. A nossa análise concluiu que ao mesmo tempo em que estereótipos capacitistas sobre a deficiência intelectual ainda sejam recorrentes tanto nas políticas públicas como nas salas de aulas brasileiras, é possível perceber alguns gritos inclusivos relativos a avanços tanto nas políticas públicas quanto em práticas docentes que efetivamente promovam o desenvolvimento do conhecimento escolar com/de pessoas com deficiência intelectual no ambiente escolar, sobretudo por meio de ações desenvolvidas e/ou apoiadas pelo atendimento educacional especializado.