O artigo apresenta como objetivo analisar a política de formação inicial de professores e a oferta de um currículo que contemple a educação inclusiva. A partir da nossa experiência em escolas públicas e privadas, partimos da hipótese de que os currículos dos cursos de formação docente podem não ofertar disciplinas que contemplem a teoria e a prática para desenvolver um trabalho pedagógico efetivo com estudantes com deficiências. A construção desta pesquisa foi realizada com base em um levantamento da grade curricular dos cursos de Licenciaturas e Pedagogia, de dez instituições de ensino superior, sendo três públicas e sete privadas, das cidades de Juiz de Fora, Magé, Petrópolis e Rio de Janeiro. Foi feito o levantamento bibliográfico acerca do tema, disponibilizados pela internet, destas Instituições. Buscamos em Gatti (2014) a fundamentação para analisarmos a política de formação de professores no país, ancorada na Resolução nº 2, de dezembro de 2019. Tendo em vista que a democratização da escola é construída no dia a dia e requer atenção constante dos diferentes atores constitutivos deste espaço, concluímos, no que se refere às matrizes curriculares dos cursos de licenciaturas pesquisados, torna-se nítido que as poucas disciplinas que abordam o tema inclusão podem não atender aos conhecimentos essenciais para os futuros professores atuarem com crianças e jovens da educação inclusiva.