O presente artigo tem como objetivo discutir a dislexia e as vivências dos estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental. A escolha deste tema foi motivada pela sua relevância e a discussão pode contribuir para ampliar a compreensão dos profissionais e estudantes de Pedagogia, Educação Especial e as famílias que têm filhos/estudantes dos anos iniciais na condição de disléxicos. Sendo assim, definiu-se como objetivo geral deste estudo, discutir conceitos, características, sintomas, diagnósticos, dificuldades e estratégias de intervenção educativas no contexto da dislexia vivenciada por estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental. Como objetivos específicos, definiu-se: (i) identificar conceitos, características e sintomas dos estudantes dos anos iniciais que vivenciam a dislexia no processo de ensino e aprendizagem; (ii) discutir a importância do diagnóstico da dislexia na infância; e (iii) identificar estratégias de intervenção para aprendizagem, avanços, limites e recomendações evidenciados em relação à dislexia nos artigos analisados para orientar professores e famílias que tenham filhos com esse transtorno. A metodologia da pesquisa foi qualitativa com a pesquisa bibliográfica com artigos científicos publicados nos Bancos Scielo e Redacly. A partir da análise dos artigos, os resultados apontaram que: os estudantes disléxicos podem apresentar problemas comunicativos ou linguísticos, em especial, na leitura e escrita, ou seja, uma leitura lenta e imprecisa, adivinhando palavras e dificuldades de compreender o sentido do texto lido, fazer inferências e interpretar o que leu. Os disléxicos podem apresentar dificuldades de lidar com a ortografia, adicionando, omitindo, trocando letras e sílabas. Diante de tantos obstáculos, ressalta-se a importância do diagnóstico da dislexia no período da infância, pois ela acompanha durante a vida adulta. Concluiu-se, portanto, que a escola pode desenvolver um papel fundamental para ajudar as crianças disléxicas aprenderem a lidar com esse transtorno, inclusive criando estratégias interventivas mais adequadas, incluindo mudanças no processo de avaliação.