A inclusão escolar de estudantes com transtorno do espectro autista (TEA) tem representado um desafio para os atores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, nesse contexto, a psicomotricidade aliada à educação física representa uma estratégia eficaz para trabalhar de forma individualizada as necessidades do estudante autista. O presente trabalho buscou compreender como a literatura discute a utilização da psicomotricidade nas aulas de educação física para atender as necessidades dos estudantes com o transtorno do espectro autista matriculados na escola regular. Metodologicamente, foi realizada uma pesquisa bibliográfica utilizando os termos: transtorno do espectro autista, autismo, psicomotricidade, educação física, educação física adaptada e inclusão. Em relação à inclusão do estudante autista, apesar das garantias expressas em leis, documentos e diretrizes, a participação de alunos com autismo no ambiente escolar ainda é problemática e se encontra distante das metas inclusivas, percebeu-se também que propostas pedagógicas voltadas para atender as necessidades individuais, baseadas em um diagnóstico inicial das potencialidade e dificuldades do estudante se mostraram mais eficazes. Apesar dos desafios, a Educação Física Adaptada deve ser considerada uma maneira de tornar a escola mais inclusiva, podendo ser abraçada como uma iniciativa social comprometida com o desenvolvimento do educando, bem como, uma maneira de fazer com que as crianças e adolescentes com deficiência conheçam e tomem gosto pelas modalidades esportivas. Finalmente, em relação à psicomotricidade aplicada à educação física, essa abordagem se mostrou composta por poucos estudos, no entanto, a psicomotricidade foi apresentada como uma estratégia eficaz para promover a melhoria do ponto de vista da saúde, ensino e aprendizagem da criança autista.