O presente estudo tem como objetivo geral analisar o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) ensinado por uma professora surda no município do Jaboatão dos Guararapes-PE e a relação à sua atuação na sala de aula, baseando-se nos princípios da educação de surdos numa perspectiva inclusiva, que defendem ser a aprendizagem, preferencialmente, realizada com todos os indivíduos juntos, em compartilhamento e construção. No entanto, para que, efetivamente, os estudantes surdos da rede sejam favorecidos, foi-se pensado a partir do projeto Unir para Incluir no Grupo de Trabalho (GT) Quebrando Barreiras Comunicacionais instituído em 2017 pela coordenação de educação especial. Retomado em 2023, o projeto foi pensado para o ensino da Libras dentro da sala de aula regular e observou-se como se dá a interação do professor surdo, professor regente, do intérprete de Libras e o estudante surdo e ouvintes neste processo. Com a observação direta dados sobre as questões de identidade surda foram evidenciadas nos discentes surdos a partir do contato com a professora surda e pautam no decorrer deste artigo. A fundamentação teórica é desenvolvida a partir da construção de um texto argumentativo no qual se entremeiam as falas dos autores/teorias sobre o universo da Libras, na fala dos envolvidos e uma escuta minuciosa da professora surda que atua em 3 (três) escolas do município que estão participando do projeto. Os postulados para o embasamento foram ancorados no Decreto da Libras (2005), em Quadros (2005), na Lei Brasileira de Inclusão (2015) e em interações nas obras de Bakhtin (1999).