O objetivo geral deste trabalho foi analisar como os professores de duas escolas da cidade do Rio de Janeiro pensam o corpo na escola e o tema ética, de maneira que contribuam na educação de discentes jovens no Programa de Educação Jovens e Adultos (PEJA). A fundamentação teórica corroborou com os autores: Vasquez (2017), Bauman (1998; 2011) e Ricoeur (2006; 2014) na categoria ética. A fenomenologia de Merleau-Ponty (1999;2004), com a perspectiva do corpo como a concretização das experiências e a noção de reconhecimento da pessoa . Taborda de Oliveira (2006; 2008; 2013) com o conceito de corporalidade, que é entendida aqui como a educação do corpo da própria pessoa, a qual transcende o uso do corpo como instrumento. Optamos pela metodologia de abordagem qualitativa, que tem se mostrado eficaz ao tratar dos fenômenos educacionais complexos. As categorias foram formadas a priori e a posteriori. Utilizamos as técnicas de entrevista e do grupo focal, realizadas com base nas virtudes contraditórias e da Carta aberta de Paulo Freire a Educadores e Educadoras (1982;1985) e os dados analisados à luz da metodologia de Bardin (1977). O resultado, no que concerne à este recorte da pesquisa, apontou para a urgência de elaboração e desenvolvimento de um processo pedagógico dialógico sobre o tema ética para o reconhecimento da corporalidade no espaço/tempo escolar com amplitude e continuidade, ratificando a função sociocultural na educação dos estudantes jovens e adultos.